quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Tatuando-me


E quando chegava a hora,
O músculo cardíaco pulsava descompassado.
A ansiedade me invadia,
E eu já me ria cada vez mais incontida.
A vontade de ver já pronto o fim
 Cegava-me diante da minha razão natural.
Foi quando entrou pelos meus tímpanos,
O zumbir  daquele  pequeno e doloroso aparelho.
Agulhas preparadas,
Pigmentação acertada para me invadir a derme,
E marcar definitivamente a camada subcutânea da pele.
Momento único que o artista me desenhava me pintava,
Marcava-me a pele com uma obra significativa pra minha emoção.
Nesse instante já ansiava ver refletida no espelho, a desejada tattoo.
As batidas do coração já estavam diferenciadas
Era a felicidade de ver pronta.
 A inalterável, e irreversível,
Tatuagem!

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Atualizando o blog depois de um bom tempo... logo hoje 01 de setembro, dia do niver do Timão e da Tarsila do Amaral... na imagem ^^^homenagem, uma tatoo com a imagem de uma obra da grande pintora e desenhista brasileira. bjos


domingo, 27 de março de 2011

Minha poesia numa Antologia


Morando Muito Mais em Mim

Abandonando por hora o meu corpo , me dispo da camada de pele ,

Que se faz velha... É o momento da muda,

Em que desabito tudo que não necessito mais.

E sigo deixando meus excessos; de sentimentos,

De palavras, de hábitos, de medos...

E nesse instante me imunizo de tudo e de todos,

Ficarei no meu casulo suportando todas as provações,

Pois meu dia de borboleta chegará!

Mude o velho... Se imunize para o novo.

E se prepare para o agora sempre!

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I Concurso de Poesias em Brasília.... A minha foi selecionada... Ta ai a fotinha do livroo!

domingo, 7 de novembro de 2010

Sonhos com Trilha Sonora


Eu tinha completado 15 anos, e fui presenteada por uma prima com uma caixinha de música, daquelas que guardamos correntes, brincos e que necessita dar corda para tocar. Só que, aquela não era uma caixinha qualquer, ela tinha um formato de piano e mais, possuía uma bonequinha bailarina, delicada que rodopiava, rodopiava sem cansar ao som daquelas notas... Eu me ria ao contemplar aquela cena, me imaginava, como ela, ali com uma saia volante e uma sapatilha, sempre a dançar e encantar.

Era assim todas as vezes que me sentia triste sentada na cama, com a janela do quarto aberta, olhando as estrelas eu dava corda a minha caixinha e contemplava a minha querida  bailarina. E em uma dessas noites que estava chateada, escutava sem cansar aquele instrumental  que me fazia derramar lágrimas até dormi e sonhar... E sonhei, literalmente. Eu me vi ali diante de um público, em um imenso palco, vestida como uma bailarina , girando, girando ao som da minha música, eu não me aguentava de tanta felicidade... e pela janela veio um vento forte e fechou bruscamente a caixinha, e eu de súbito despertei, meio confusa... Era apenas um sonho.

E a minha querida estava lá caída, peguei-a nas mãos e mal pude acreditar, os seus pezinhos, aqueles tão frágeis que me encantavam  estavam quebrados, ela não poderia mais dançar pra mim. Mas a música ainda existia ali, então eu dei corda outra vez e a lembrança da minha bailarina me consolava... Foi quando percebi que jamais deixaria de sonhar, o segredo era a música.

Hoje quase aos 20 anos aquela música ainda me alimenta a alma, trazendo saudade... ela é única e só minha.

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Obs.:Pauta para Bloínquês, 42ª Edição Musical,Tema Surpresa,Baseado em-How to Save a Life (The Fray Piano Tribute). Grande parte do texto é verdade, sobre mim mesma.Ah! e fotos da Minha caixinha...rs

Resultado: não subi ao pódio, mas tive nota; 9,0.